A hiperidrose localizada é uma condição que provoca suor excessivo em determinadas áreas do corpo, como axilas, mãos e pés. É normal suar quando está calor, durante exercício físico ou sob situações de estresse, mas a hiperidrose acontece até mesmo quando o indivíduo está em repouso.
As principais modalidades de tratamento da hiperidrose axilar são: desodorantes antitranspirantes com sais de alumínio, medicamentos orais (anticolinérgicos, betabloquedador ou ansiolíticos), toxina botulínica, simpatectomia torácica endoscópica e lipossucção de axilas.
A toxina botulínica é uma opção de tratamento eficaz na maioria dos casos de hiperidrose axilar, segura, pouco invasiva, que permite ao paciente o retorno às atividades profissionais no mesmo dia.
A toxina bloqueia a liberação do neurotransmissor acetilcolina, ou seja, impedindo que chegue o comando para que a glândula sudorípara trabalhe, levando assim à cessação temporária da sudorese excessiva, no local em que foi aplicada. A principal vantagem da toxina botulínica em relação à simpatectomia torácica endoscópica é que não se corre o risco de hiperhidrose compensatória, condição na qual o paciente pára de suar nas axilas, mas começa a suar excessivamente em outras áreas do corpo, como abdome e nádegas.
O efeito terapêutico da toxina botulínica, ou seja, a redução da sudorese, dura de 4 a 12 meses, com duração média de 7 meses.
O procedimento é realizado em consultório. Após a aplicação do creme anestésico e da limpeza, são realizadas múltiplas injeções intradérmicas de toxina botulínica nas axilas. O efeito da aplicação não é imediato e demora cerca de 3 a 7 dias para se observar o resultado. Esse efeito irá reverter-se em alguns meses, quando o tratamento poderá ser novamente indicado.
Responsável técnico: Dra. Maria Natalia Hirata Beline- CRM-SP: 139368 RQE: 45434
